Paz e Bem!!! - Dia de São Francisco de Assis, nosso irmão.

A ti somente, Altíssimo, são devidos e homem algum é digno de te mencionar.
Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas, especialmente meu senhor o irmão sol que, com luz, ilumina o dia e a nós. E ele é belo e radiante com grande esplendor: de ti, Altíssimo, carrega significação.
Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã luz e as estrelas, no céu as formaste claras e preciosas e belas.
Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento e pelo ar e nublado e sereno e todo o tempo
pelo qual dás sustento às tuas criaturas.
Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água que é muito útil e humilde e preciosa e casta.
Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão fogo pelo qual iluminas a noite e ele é belo e jucundo e robusto e forte.
Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã nossa mãe terra que nos sustenta e governa e produz diversos frutos com coloridas flores e ervas.
Louvado sejas, meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor e suportam enfermidades e tribulações.
Bem-aventurados aqueles que sustentam a paz porque por ti, Altíssimo, serão coroados.
Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã nossa morte corporal da qual nenhum homem vivente pode escapar.
Infelizes aqueles que morrem em pecado mortal; bem-aventurados aqueles
que se encontram em tua santíssima vontade porque a morte segunda não lhes fará mal.
Louvai e bendizei a meu Senhor e agradecei e servi-o com grande humildade."
Cântico das Criaturas (ou Cântico do Irmão Sol) por São Francisco de Assis
Cântico das Criaturas (ou Cântico do Irmão Sol) por São Francisco de Assis

Ainda nesses últimos anos é que Francisco, mais uma vez, se volta para a poesia. Mais uma vez, porque ele desde jovem gostava de recitar e cantar os poemas dos rimadores provençais, cuja língua bem conhecia. E sua grande fonte de inspiração, durante a vida toda, foram as poesias da Escritura Sagrada, sobretudo os salmos e o Cântico dos Cânticos. Seu amor à poesia é que o tornou conhecido como jogral de Deus, giullare di Dio.
Não é de estranhar, portanto, que no momento em que se preparava para partir, Francisco voltasse a buscar na poesia a expressão de toda a sua experiência espiritual. Nascem, assim, os versos do Cântico das Criaturas. )
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